terça-feira, 14 de setembro de 2010

Bem-vindos ao nosso blog na edição de 2010. Colacaremos dicas e orientações e iniciaremos debates por aqui. Abraços

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Biografias de Reis Portugueses!

Dona Teresa
Filha de Afonso VI Rei de Leão e de Dona Ximena Nunes de Gusmão, casou-se com o Conde Henrique de Borgonha que recebeu como dote o Condado Portucalense, quando da morte de seu marido passou a governar em constante e acirradas brigas política com sua irmã Dona Urraca, das relações com o fidalgo galego Fernão Peres de Trava que desagradou os nobres e fidalgos deste fato surgiu dois partidos: o da rainha e o do Infante Dom Afonso Henrique que no ano de 1128 vieram se defrontar na Batalha de São Mamede junto ao Castelo de Guimarães, quando Dona Teresa foi expulsa para Galiza em 1130.

Dom Afonso Henrique
Primeiro Rei de Portugal,que nasceu em 1109 em Coimbra e faleceu em 1185 na Galiza era filho do Conde Henrique de Borgonha e de Dona Teresa, criado por Soeiro Mendes de Souza e sua mulher no Condado Portucalense quando teve uma nobre educação no aspecto político, comisto se tornou um elemento congregador e legitimador, no ano de 1120 junto com Dom Paio Arcebispo de Braga assumiu uma posição política contraria a de sua mãe, que apoiava os Travas, e em virtude de sua posição foi obrigado a emigrar junto com Dom Paio, e no ano de 1122 se armou cavaleiro na Catedral de Zamora e no seu retorno ao Condado em 1128 se defrontou e venceu as hostes de Fernão Peres de Trava na Batalha de São Mamede e assumiu o governo do condado com o objetivo de firmar a independência, para tal definiu uma política baseada na defesa de seu condado contra Leão e Castela ao norte e Leste e contra os Mouros ao sul, negociou com a Santa Sé no sentido de ver reconhecido a independência de seu reino e de conseguir a autonomia plena da igreja portuguesa, fundou o Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, no ano de 1131 erigiu diversos castelos onde se destaca o de Leiria em 1135 sendo um dos pontos estratégico para o desenvolvimento da reconquista, em 1137 venceu os leonense em Cerneja, e no ano de 1139 venceu a Batalha de Ourique contra os Mouros quando passou a intitular-se rei e no de 1143 prestou vassalagem a Santa Sé e na reunião de Zamora foi reconhecido a sua realeza por Dom Afonso VII de Leão porém só em 1179 com a Bula Manifesti Probatum do Papa Alexandre III foi que designou Dom Afonso Henrique como rei concedendo-lhe o direito de conquistar territórios Mouros para alargamento do seu território, em 1147 conquistou a Cidade de Santarém e Lisboa com a ajuda de cruzados, tomou as cidades de Almada e Palmela que se entregaram sem lutar, em 1159 tomou Evor e Beja a qual perderia pouco depois a favor dos Mouros, a reconquista de Beja e Evor por Dom Afonso Henrique se deu em 1162 com a ajuda de Geraldo Sem Pavor e quando de sua morte deixou para o seu filho Dom Sancho I um território perfeitamente definido e independente.

Dom Afonso I O Conquistador
Foi rei da Primeira Dinastia e o primeiro Rei de Portugal, filho do Conde Dom Henrique e de Teresa e que nasceu em Coimbra em 1108 e morreu em Coimbra a 06-12-1185, e está sepultado em Coimbra, no Mosteiro de Santa Cruz.
Casou com Mafalda de Sabóia e teve como descendentes legítimos: Sancho, Urraca, Mafalda, Raimundo, Henrique, João e Sancho, e como descendentes ilegítimos: Fernando Afonso, Afonso, Sancha Afonso, Urraca Afonso.
Começou a governar em 1143 e terminou em 1185. O fascínio que Dom Afonso Henriques exerce sobre os portugueses não é novo. Despertou há mais de oitocentos anos e os testemunhos escritos são vários e apresentam-no de três maneiras distintas. Para os monges de Santa Cruz, era um homem belo, inteligente, prudentíssimo. Um guerreiro que lhes merecia o nome de Gigante ou de Leão Rugidor. Mas mais do que tudo isso, era um verdadeiro instrumento de Deus, escolhido para desempenhar a missão sagrada de criar um reino independente e vencer os inimigos da fé cristã. Para os seus companheiros de armas, o rei nada tinha de sobrenatural. Era o homem audaz, violento, irreverente, capaz de grandes cóleras, de grandes feitos. O camarada que na hora do ataque dizia alto e bom som: "Eu estarei convosco e serei o primeiro, ninguém poderá separar-me da vossa companhia, quer na vida quer na morte." O chefe militar que seguiam sem hesitações. Menos entusiastas são os textos dos livros de linhagens escritos para relatar a história das grandes famílias do Norte, que nem sempre o viram com bons olhos. Aí surgem peripécias, inventadas ou não, em que o rei não consegue impor a sua vontade a alguns dos senhores nobres com quem convivia. Estas peripécias traduzem afinal rivalidades da época e o retrato que pretendiam transmitir não ganhou força, desvaneceu-se. O que ficou foi o mito. A figura de Afonso Henriques rompeu os contornos da pessoa real e transformou-se numa espécie de herói de conto de fadas. Embora se saiba que foi um homem de carne e osso, embora se conheçam muitos pormenores da sua vida, basta dizer-lhe o nome surge uma imagem fantástica. É o guerreiro invencível, sempre a cavalo, de espada em punho para conquistar terras aos mouros. Um rei. O primeiro. A afirmação de um país.

Dom Sancho I, O Povoador
Foi rei da Primeira Dinastia e o segundo Rei de Portugal, filho de Afonso Henriques, Rei de Portugal e de Mafalda de Saboia, rainha de Portugal, e que nasceu em Coimbra a 11-11-1154 e morreu em Coimbra a 26-03-1211, e está sepultado em Coimbra no Mosteiro de SantaCruz.
Casou com Dona Dulce e teve como descendentes legítimos: Teresa, Sancho, Afonso,Pedro, Fernando, Henrique, Raimundo, Mafalda, Branca, Berengária.
Descendentes ilegítimos: Martim , Urraca , Rodrigo, Gil, Nuno, Maior, Constança e Teresa.
Começou a governar em 1185 e terminou em 1211. Dom Sancho herdou as qualidades guerreiras do pai. Depois do desastre que seu pai sofreu em Badajoz, tendo apenas 15 anos, assumiu o comando das operações militares e sempre deu boas provas no campo de batalha. A pouco e pouco foi também colaborando no governo do reino. Dom Afonso Henriques fixara residência em Coimbra e continuava a ocupar-se da administração, mas o ferimento na perna impedia-o de se movimentar. Dom Sancho ajudava-o em tudo. Deste modo adquiriu experiência sob a orientação paterna. Quando mais tarde subiu ao trono estava invulgarmente bem preparado para governar. Dom Sancho casou com 20 anos. Era ainda príncipe. A noiva escolhida foi Dona Dulce, filha do Rei de Aragão. No Sul da Península Ibérica os mouros almóadas estavam cada vez mais fortes. Tinham conseguido recuperar várias cidades e castelos anteriormente conquistados por Dom Afonso Henriques e Giraldo, o Sem Pavor, como por exemplo Beja. Em 1178 Dom Sancho decidiu mostrar ao inimigo que o fato de Afonso Henriques estar incapacitado para a guerra não retirava aos portugueses a sua força militar. À frente de um grande exército cavalgou por terras de mouros, só parando às portas de Sevilha! Regressou coberto de glória, o que deu ânimo aos portugueses e encheu de orgulho o coração do velho pai. A ousadia de Dom Sancho irritou profundamente os mouros. Sevilha tornara-se a cidade muçulmana mais rica e importante da Península Ibérica. Ali residiam vários auxiliares do próprio sultão de Marrocos. O principe português atrevera-se a atacar a cidade? Pois a vingança seria terrível. E foi. Durante vários anos sucederam-se investidas sangrentas. Em 1184 o sultão de Marrocos fez uma investida contra Santarém. Este encontro deu origem a vários textos escritos por mouros e cristãos. Receando novos ataques, Dom Sancho procurou o auxílio das ordens religiosas militares, conforme o pai tinha feito no seu tempo. Sendo os freires verdadeiros profissionais de guerra, ninguém melhor para fazer frente ao inimigo. Decidiu pois entregar grandes propriedades no Alentejo aos freires de Évora e à Ordem de Santiago, para que as defendessem. Mas isso não bastava. Como as zonas de fronteira tinham pouca gente e portanto estavam à mercê de possíveis invasores, Dom Sancho I procurou atrair famílias para lá. Com essa intenção concedeu regalias a quem aí se quisesse instalar. As regalias de um lugar podiam ser, por exemplo, terras para cultivo, pastagens, dispensa de pagamento de alguns impostos, perdão de crimes, etc. Tudo isto era escrito numa Carta de Foral, que também incluía os deveres da população para com o rei. Ao todo Dom Sancho I assinou cinquenta e oito cartas de foral, o que valeu-lhe o cognome de "O Povoador".

Dom Afonso II, O Gordo
Foi rei da Primeira Dinastia e o terceiro Rei de Portugal, era filho de Sancho I, rei de Portugal e de Dulce de Barcelona, rainha de Portugal, que nasceu em Coimbra e morreu em Santarém a 25-03-1223, e está sepultado em Alcobaça no Mosteiro de Alcobaça. Casou com Dona Urraca e teve como descendentes legítimos: Sancho, Afonso, Leonor, Fernando, e como descendentes ilegítimos: João Afonso.
Começou a governar em 1211 e terminou em 1223, Dom Afonso II foi um homem doente. Tinha apenas catorze anos quando sofreu uma crise tão grave que as pessoas até consideraram milagre o fato de não morrer, milagre este atribuído a Santa Senhorinha de Basto. As crises repetiram-se durante toda a vida e conhecem-se os sintomas: deformações da pele e da carne, inchaços, feridas repugnantes, e na época julgaram tratar-se de lepra e por isso mesmo lhe chamaram o Gafo, que significa leproso. O cognome que acabou por vingar - o Gordo - deve-se pois à doença que o deformava. Apesar da debilidade física, que não lhe permitia realizar proezas militares, Dom Afonso II não foi um rei inferior aos seus antecessores. Tratou de organizar a vida no país que o pai lhe deixara e fê-lo de uma forma realmente inovadora. Algumas das medidas que tomou nunca tinham sido experimentadas em nenhum país europeu daquele tempo. Durante os reinados anteriores não havia leis para todo o país. Cada região ou até cada localidade seguia regras diferentes conforme os seus costumes e tradições, a vontade dos grandes senhores, os registos existentes nas cartas de foral. Crimes idênticos não recebiam castigos idênticos. A pena podia ser muito severa numa determinada terra e muito branda na terra vizinha. O mesmo se passava com o pagamento dos impostos, penas judiciais, normas de convívio, etc. Por isto Dom Afonso II, em 1211 reuniu cortes em Coimbra e aí foram aprovadas leis que passaram a ser aplicadas em todo o país. Foi a primeira vez que isto aconteceu em Portugal e teve a maior importância. Outra medida de Dom Afonso II foi ordenar que se fizesse um registo por escrito de todos os diplomas emitidos pela chancelaria (uma espécie de secretaria real). Dom Afonso II sabia que muitos senhores do clero e da nobreza se tinham aproveitado da falta de controlo e vigilância para estenderem os seus territórios além dos limites e ocuparem as terras da coroa, por isto em 1220 enviou funcionários por todo o país com a missão de averiguarem quem anexara terras à socapa. A este levantamento chamou-se "Inquirições". Os senhores tinham que apresentar provas de que as terras lhes pertenciam de fato. Caso estivesse tudo em ordem, recebiam uma "Carta de Confirmação de posse" da propriedade. Caso se detectassem abusos, eram obrigados a devolver ao rei tudo aquilo a que não tinham direito. Teve também o cuidado de defender as fronteiras e por isso entregou territórios na Beira Baixa à Ordem militar dos Templários e terras no Alto Alentejo aos Freires de Évora. No seu reinado houve uma únca conquista que foi Alcácer do Sal.

Dom Sancho II, O Capelo
Foi rei da Primeira Dinastia e o quarto Rei de Portugal, filho de Afonso II, rei de Portugal e de Dulce, rainha de Portugal, que nasceu em Coimbra a 07 de Setembro de 1209 e morreu em Toledo a 04 de Janeiro de 1248, e está sepultado em Toledo na Catedral de Toledo, casou com Mécia.
Começou a governar em 1223 e terminou em 1248, Dom Sancho II tinha treze anos apenas quando subiu ao trono. Não lhe era fácil portanto fazer valer a sua autoridade em todo o reino, pois os grandes senhores do clero e da nobreza recusavam essa autoridade e consideravam que nas suas terras só eles próprios deviam mandar. Adolescente e inseguro, não sabia a quem dar razão nem como impedir que os opositores começassem a matar-se uns aos outros, tal como era costume na época, os grupos em confronto trataram de enviar mensageiros a Roma com a incumbência de exporem a causa e pedirem apoio ao papa. Isto de nada serviu e o problema ficou por resolver. Como o rei não conseguia impor a ordem, as brigas tornaram-se cada vez mais violentas e perderam o significado político. Bandos enfurecidos saqueavam igrejas, conventos, castelos, quintas, para roubarem tudo o que aí houvesse de valor. Raptavam mulheres e crianças a fim de exigirem resgate, matavam quem se lhes atravessasse no caminho. Uma autêntica onda de loucura varreu o país. Durante algum tempo imperou a lei do mais forte. Todavia em 1244 vários elementos da nobreza, do clero e do povo decidiram recorrer de novo ao papa, e este decidiu que Dom Afonso, irmão de Dom Sancho II, deveria assumir o governo de Portugal, mas o rei continuaria a ser Dom Sancho II. Dom Afonso aceitou ser apenas "Governador e Defensor" do país enquanto o irmão fosse vivo, mas depois queria subir ao trono. Isso só era possível se Dom Sancho II e Dona Mécia não tivessem filhos. Então Dom Afonso lembrou ao papa que eles eram primos e que tinham casado sem pedir a licença da Igreja, como era costume. O papa considerou o casamento nulo e ordenou que o rei e a rainha passassem a viver separados. Dom Sancho II reagiu muito mal tanto à nomeação do irmão como ao fato de lhe tirarem a mulher. Instalou-se em Coimbra e dali procurou arranjar aliados para enfrentar o irmão, que entretanto desembarcara em Lisboa. Os opositores de Dom Sancho II não conseguiram vencê-lo pela força tão depressa como pretendiam. Decidiram então humilhá-lo e desacreditá-lo aos olhos de quem o apoiava, raptando-lhe a mulher. e o levaram-na para o castelo de Ourém, que pertencia à própria rainha. O rei perseguiu-os mas não conseguiu alcançá-los no caminho. Quando chegou às portas do castelo exigiu que lhe devolvessem a mulher. Em vez de lhe obedecerem, correram-no à pedrada. Este rude golpe terá diminuído muito o rei aos olhos dos súbditos. O rei ainda tentou lutar mas, vendo que não conseguia vencer, acabou por desistir e retirou-se para Toledo. Nessa altura Dom Afonso assumiu plenamente o cargo de "Governador e Defensor do Reino".

Dom Afonso III
Nasceu em 1210 e faleceu em 1279 o segundo filho de Dom Afonso II abandonou o reino durante o governo de seu irmão Dom Sancho II para procurar posição e fortuna nas cortes da França onde se encontrava ligado por laços familiares, conquistou definitivamente o Algarve, promoveu o desenvolvimento econômico de Portugal e impôs-se energicamente aos abusos dos privilegiados.

Dom Afonso IV O Bravo
Foi rei da Primeira Dinastia e o setimo Rei de Portugal, era filho de Dom Dinis, rei de Portugal e de Isabel de Aragão, rainha de Portugal, nasceu em Lisboa a 08 de Fevereiro de 1290 e morreu em Lisboa a 08 de Maio de 1357. Está sepultado em Lisboa, Igreja da Sé. e casou com Dona Beatriz com quem teve como descendentes legítimos: Maria, Afonso, Dinis, Pedro, Isabel, João, Leonor.
Começou a governar em 1325 e terminou em 1357. Dom Afonso IV era o oposto do pai. Homem austero e sóbrio, dirigiu o reino com pulso de ferro. As leis que veio a fazer contrariaram costumes antigos e interferiram inclusivamente na vida privada das pessoas. Não foi um príncipe amado mas foi um rei respeitado. Quando subiu ao trono tinha trinta e cinco anos e estava casado com Beatriz de Castela, que lhe deu sete filhos. O cognome de o Bravo deve-se sobretudo ao seu carácter colérico e violento. A sua primeira iniciativa - reunir cortes em Évora - teve como única finalidade obrigar os representantes do clero, da nobreza e do povo a declararem que o aceitavam como rei e a jurarem-lhe fidelidade. Isto não era habitual, mas se o rei o fez tinha as suas razões. Nos últimos anos de vida do pai o país fora sacudido por uma guerra civil muito violenta. De um lado lutava ele com os seus partidários e do outro os partidários de Dom Dinis. Isto porque se dizia que o rei preferia deixar o trono ao filho bastardo Afonso Sanches... Durante três anos, D. Afonso IV lutou com este seu irmão bastardo. Quem ajudou a pôr fim a esta guerra foi mais uma vez a Rainha Santa Isabel. Do convento onde se encontrava enviou súplicas ao filho e convenceu-o a negociar a paz. No reinado de Dom Afonso IV fizeram-se leis para melhor organizar a administração. Como havia notícia de que existiam ilhas no Oceano Atlântico, ao largo da costa de África, Dom Afonso IV decidiu mandar alguns navios para sul na ideia de averiguar "as condições daquelas terras". Os navegadores chegaram às Canárias, mas em 1344 o infante castelhano Luis de La Cerda conseguiu do papa o título de Senhor das Canárias. Dom Afonso IV protestou e o arquipélago tornou-se um pomo de discórdia entre os dois reinos e só muito mais tarde é que o assunto se resolveu, a favor da Espanha. Uma das filhas de Dom Afonso IV, a infanta Dona Maria, casou com o rei de Castela, Dom Afonso XI. Mas o seu marido apaixonou-se por outra mulher e desprezou publicamente Dona Maria. Dom Afonso IV não podia consentir em tamanha afronta e atacou Castela. A paz acabou por ser negociada à pressa porque os mouros se preparavam para invadir a Península Ibérica. Em 1340, portugueses e castelhanos defrontaram os mouros na Batalha do Salado. Os cristãos venceram. Não houve mais lutas entre Portugal e Castela. Dona Maria ficou viúva poucos anos depois porque o marido morreu de Peste Negra.

D. Fernando, O Formoso
Foi rei da Primeira Dinastia e o 9º Rei de Portugal, filho de Pedro I, rei de Portugal e de Constança Manuel, rainha de Portugal, nasceu em Coimbra a 31 de Outubro de 1345 e morreu em Lisboa a 22 de Outubro de 1383. Está sepultado em Lisboa, Convento de Carmo, casou com D. Leonor de Teles e teve como descendentes legítimos: Pedro, Afonso, Beatriz, e como descendentes ilegítimos: Isabel.
Começou a governar em 1367 e terminou em 1383 O reinado de D. Fernando foi marcado por muitos conflitos. Um dos mais graves foi o casamento do rei com D. Leonor de Teles. Esta união não era do agrado da maior parte dos portugueses, mas a cerimónia acabou por realizar-se, mais ou menos em segredo, em Leça do Bailio (arredores do Porto). Um outro conflito foi a guerra com Castela, já que D. Fernando tentou por várias vezes obter o trono castelhano. Chegou a ser reconhecido como rei em algumas terras importantes - Tui, Zamora, Cidade Rodrigo - mas acabou por ser derrotado. Para selar a paz com os dois reinos, foi celebrado o Tratado de Salvaterra, a 2 de Abril de 1383, através do qual se combinou o casamento entre a herdeira do trono, D. Beatriz, e D. João I, rei de Castela. Esta união viria a estar na origem de um dos períodos mais difíceis da história portuguesa: a crise política de 1383-85 apesar dos seus infortúnios nas guerras foi um grande rei, que não desmereceu a dinastia a que pertenceu e que terminou com ele, deixou Portugal em condições de iniciar a grande maravilha dos descobrimentos, mandou reparar castelos, construir outros e cercar de novas muralhas as cidades de Lisboa e Porto; para desenvolver a agricultura, publicou a Lei das Sesmaria, procurando aumentar o número de terras aráveis e o número de trabalhadores agrícolas, reformou o exercito, executou mudanças na Universidade de Coimbra, fez a aliança com a Inglaterra. desenvolveu a construção naval e o comércio com outros países.
Dona Leonor de Teles
Rainha de Portugal. Era filha de Martim Afonso Teles de Meneses e de Dona Aldonça de Vasconcelos, casou com o fidalgo João Lourenço da Cunha, de quem veio a separar-se para
poder casar com o rei Dom Fernando. Contra este casamento levantou-se grande parte da população portuguesa, tendo havido vários tumultos em muitas cidades e vilas do reino. Com a morte de Dom Fernando, teve início uma grave crise dinástica, pois sua filha, Dona Beatriz, estava casada com o rei de Castela. Após o assassínio do Conde João Femandes de Andeiro, seu amigo e confidente, Leonor Teles pediu ao genro para invadir Portugal, convencido de que manteria o cargo de regente. Entretanto, chegou mesmo a rejeitar a proposta de casamento que lhe dirigira o Mestre de Avis. Quando percebeu que Dom João de Castela estava disposto a assumir ele próprio o poder, tentou ainda o apoio dos alcaides seus simpatizantes. Mas era tarde demais. Foi enviada para o Mosteiro de Tordesilhas, onde acabou por falecer.

Nuno Álvares Pereira
Nasceu na Sertã em 1360 e morreu em Lisboa em 1431. Pertencente à nobreza, foi criado na Corte, como Escudeiro de Dona Leonor Teles. Depois da morte do rei Dom Fernando, ofereceu os seus serviços ao Mestre de Avis, ganhando a sua grande confiança quando tomou conta do castelo de Lisboa, que se encontrava do lado da rainha. Extraordinário chefe guerreiro, participou nas batalhas da defesa da independência. Foi nomeado Condestável e mordomo-mor do Reino, lugares da máxima importância. Após a batalha de Aljubarrota, o rei doou-lhe várias terras e fê-lo conde de Ourém. Em 1389 mandou construir a capela de São Jorge (Aljubarrota) e o convento do Carmo (Lisboa), onde se recolheu após as lides guerreiras. Aí morreu, em 1431.

Dom João I "O de Boa Memória".
Foi rei da Segunda Dinastia e o decimo Rei de Portugal, filho de Dom Pedro I, rei de Portugal e de Dona Teresa de Lourenço. Nasceu em Lisboa a 11de Abril de 1357 e morreu em Lisboa a 14 de Agosto de 1433. Está sepultado na Batalha, Mosteiro da Batalha, casou com Dona Filipa de Lencastre com quem os descendentes legítimos: Branca, Afonso, Duarte, Pedro, Henrique, Isabel, João, e como descendentes ilegítimos: Afonso, Beatriz.
Começou a governar em 1385 e terminou em 1433. Filho bastardo de Dom Pedro e de uma dama galega, Dona Teresa Lourenço, Dom João recebeu com apenas seis anos, o mestrado de Avis. Sendo responsável por uma das Ordens Religiosas mais importantes do país, Dom João era um homem com prestígio e poder. Em 1383 morreu Dom Fernando e estalou a crise que durou até 1385. Dona Leonor de Teles, mulher de Dom Fernando, assumiu a Regência do reino, tal como estava estipulado no testamento do monarca defunto. O Conde Andeiro, conselheiro e íntimo da rainha, passou assim a ter um papel importante na Corte. Esta situação desagradava bastante a um grande grupo de nobres, entre os quais se incluía Dom João. Planeou-se então a morte do Andeiro que Dom João executou, com o auxílio de outros nobres. De salientar o papel importante que teve o burguês Álvaro Pais em toda esta conjura. A rainha Dona Leonor pediu ajuda ao seu genro Dom João de Castela e este invadiu Portugal, tendo como objectivo fazer valer os direitos de sua mulher Dona Beatriz, ao trono de Portugal. O mestre de Avis foi então eleito Regedor e Defensor do reino. A guerra estalou e por todo o país travaram-se duras batalhas, sendo a de Aljubarrota em 14 de Agosto de 1385, onde os portugueses conseguiram uma retumbante vitória, aquela que comprometeu definitivamente as pretensões de Castela. Reuniram-se as cortes em Coimbra em 1385, e Dom João Mestre de Avis foi aclamado rei de Portugal. Com os seus filhos e quase com sessenta anos, Dom João partiu para o Norte de África e conquistou Ceuta em 1415, onde os infantes foram armados cavaleiros. Esta expedição a Ceuta marcou o início da expensão portuguesa. Casou o seu filho bastardo Dom Afonso, futuro Duque de Bragança, com a filha de Nuno Álvares Pereira. Aliou o seu filho Dom Duarte na administração do reino, preparando-o assim para o trono que viria a herdar. Já velho, fez grandes doações.

Infante Dom Henrique O Navegador
Infante Dom Henrique cognominado O Navegador profundamente religioso via as explorações portuguesas como um meio de propagar a fé cristã e prover o poderio econômico e político, fomentou grandes descobrimentos no século XV a partir de Sagres no extremo sudoeste de Portugal, nascido na Cidade do Porto em 1394 e morreu em 1460 em seu paço na ponta da Cidade de Sagres era o terceiro filho de Dom João I e de Dona Filipa de Lencastre, recebeu o titulo de Regedor da Ordem de Cristo.

Dom João II O Príncipe Perfeito
Foi rei da Segunda Dinastia e o decimo terceiro Rei de Portugal, era filho de Dom Afonso V, rei de Portugal e de Dona Isabel, rainha de Portugal, que nasceu em Lisboa a 05 de Maio de 1455 e morreu em Alvor a 25 de Outubro de 1495, e está sepultado na Batalha, no Mosteiro da Batalha, e casou com Dona Leonor com quem teve como descendentes legítimos: Afonso e teve como descendentes ilegítimos: Jorge.
Começou a governar em 1481 e terminou em 1495. Ainda muito jovem, foi incumbido pelo pai Dom Afonso V da regência do reino, enquanto este se ocupava das conquistas no Norte de África. Em 1471, Dom João II participou na expedição a Arzila, onde ganhou fama de valente. Quando Dom João II subiu ao trono, em 1481, queixava-se de que o seu pai apenas o deixara rei das estradas de Portugal. Queria ele dizer, de uma forma exagerada, que praticamente todo o país estava nas mãos da nobreza. A política de Dom João II foi muito diferente da de seu pai. Tudo fez para tornar mais forte e incontestada a sua autoridade de rei. À Casa de Bragança, acusada de traição na pessoa do duque Dom Fernando, que foi sentenciado à morte, foram-lhe confiscados todos os bens. Mas as acusações e mortes não pararam por aqui. Foram muitos os que não escaparam à pesada mão da «justiça joanina». Mas a grande prioridade do seu reinado foram as descobertas marítimas. Aos descobrimentos efetuados sob a orientação de Dom João II, entre 1474 e 1495, é costume chamar «Descobrimentos joaninos». Foi uma época muito diferente da anterior, porque as viagens passaram a obedecer a um plano preestabelecido e tinham um objetivo último - a Índia. Dom João II elaborou um projeto de expansão tão bem estruturado, tão complexo, tão ambicioso, que ainda hoje nos deixa mudos de espanto. Os seus planos abrangiam vários domínios e estendiam-se como tentáculos de um polvo gigantesco. No Norte de África, manteve e ampliou a presença portuguesa, acrescentando às terras herdadas de seu pai a praça de Azamor. Mas não se limitou ao domínio militar de uma zona que em princípio só dava honra e despesa. Procurou fazer negócio com os mouros e obter ali produtos utilizáveis no comércio com os povos da costa ocidental africana, para onde continuou a enviar Caravelas. A segurança nos caminhos do mar foi uma das suas grandes preocupações. Por isso mesmo apoiou a náutica astronômica. Queria que se encontrasse um sistema prático, eficaz, de orientar a navegação. E equipou os navios com artilharia, para que pudessem defender as rotas, os homens, as mercadorias. E, consciente de que a defesa era tão importante em terra como no mar, mandou construir um castelo em São Jorge da Mina e povoar as ilhas de S. Tomé e Príncipe, portos privilegiados para acolherem navios na torna-viagem. Sob sua orientação o comércio marítimo floresceu. Fundaram-se diversas feitorias, onde os portugueses recolhiam produtos variados, que descarregavam em Lisboa na Casa da Guiné e da Mina. O seu grande projeto era a Índia. Tinha informações sobre as dimensões do globo e decidira atingir a terra das especiarias contornando a África. Assim, ser-lhe-ia possível substituir os mouros e os italianos no comércio com o Oriente. Às expedições regulares que enviava aos centros do comércio no litoral africano somaram-se outras com a missão concreta e definida de procurar a passagem para o Índico. Primeiro, Diogo Cão. Depois, Bartolomeu Dias, que de uma forma algo inesperada fez a vontade ao rei. Dom João II, certo de que mais tarde ou mais cedo os navios portugueses chegariam ao Índico, enviou mensageiros por terra a fim de averiguarem tudo o que pudesse facilitar o arranque e o encontro final. Desta viagem, efetuada por Afonso de Paiva e Pêro da Covilhã, segunda tentativa no gênero, resultaram informações precisas sobre a navegação no Índico, sobre o comércio na Índia e sobre o tal reino cristão - o do Preste João - que se dizia existir e que existia mesmo na costa oriental de África. A morte veio surpreendê-lo demasiado cedo e não lhe deixou acabar quanto começara. Só no reinado seguinte, já sem dificuldades de maior, os portugueses atingiram a Índia. Puderam também continuar a navegar no Atlântico sem concorrência graças à força e ousadia com que Dom João II impôs condições na espantosa partilha do novo mundo que os países ibéricos se sentiram no direito de fazer, quando assinaram o Tratado de Tordesilhas.

Rei Dom Manuel I: O Venturoso
Foi rei da Segunda Dinastia e o decimo quarto Rei de Portugal. Filho de Dom Fernando, Duque de Viseu e de Dona Beatriz, que nasceu em Alcochete a 31 de Maio de 1469 e morreu em Lisboa a 13 de Dezembro de 1521 e está sepultado em Lisboa, no Mosteiro dos Jerônimo e casou com Dona Isabel de Aragão e teve como descendentes legítimos: Dom Miguel, Dona Isabel, Dona Beatriz, Dom Luís, Dom Fernando, Dom Afonso, Dom Henrique, Dona Maria, Dom Duarte, Dom António, Dom Carlos.
Começou a governar em 1495 e terminou em 1521. Em circunstâncias normais, Dom Manuel não seria nunca rei de Portugal. Mas a sorte bafejou-o. O seu antecessor, Dom João II, não deixou descendentes direto, pois o seu único filho legítimo, Dom Afonso, morrera aos dezesseis anos, devido a uma queda de cavalo. O parente mais próximo eram precisamente Dom Manuel, neto paterno do rei Dom Duarte e primo e cunhado de Dom João II. Mas não foi apenas por herdar o trono que Dom Manuel foi cognominado de "O Venturoso". É que, à exceção dos casamentos (enviuvou duas vezes), tudo lhe correu bem na vida. Assim, durante o seu reinado, Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia; Pedro Álvares Cabral anunciou a descoberta oficial do Brasil; Afonso de Albuquerque dominou a Índia e assegurou para Portugal o monopólio do comércio das especiarias.

Dom Joao III O Piedoso
Foi rei da Segunda Dinastia e o decimo quinto Rei de Portugal, filho de Dom Manuel I, rei de Portugal e de Dona Maria de Castela, nasceu em Lisboa a 06 de Junho de 1502 e morreu em Lisboa a 11de Novembro de 1557, e está sepultado em Lisboa no Mosteiro dos Jerônimo, casou com Dona Catarina de Áustria, e teve como descendentes legítimos: Afonso, Beatriz, Maria, Isabel, Manuel, Filipe, Dinis, João, António, e como descendentes ilegítimos: Duarte.
Começou a governar em 1521 e terminou em 1557. Durante o reinado de Dom João III houve um considerável avanço na empresa dos descobrimentos, houve uma ação diplomática importante com particular relevo para os contactos feitos com a Santa Sé, acentuou-se a política absolutista e incentivou-se o desenvolvimento da cultura portuguesa. Dom João III herdou de seu pai um país no apogeu da sua expansão ultramarina. O rei procurou consolidar as posições portuguesas na Índia, assegurou o monopólio das especiarias e estabeleceu contactos com a China e o Japão. Preferiu abandonar as praças marroquinas de Safim, Azamor, Alcácer Ceguer e Arzila, para que Portugal pudesse elevar ao máximo o comércio da Índia e iniciar o aproveitamento das potencialidades do Brasil. Expandiu o comércio português, alargando os contatos direto com o leste da Europa. Confiou à nascente Companhia de Jesus, a evangelização do Oriente, do Brasil e da África, tendo-lhe também entregue o Colégio das Artes de Coimbra. A proteção que dispensou à cultura foi uma das coroas de glória deste rei. Foram apoiados por si nomes como Resende, Damião de Góis, Sá de Miranda, Bernardim Ribeiro, Gil Vicente, André de Resende, João de Barros, Pedro Nunes, António de Holanda e Luís de Camões. Será difícil encontrar na História de Portugal uma época com a importância cultural que esta teve... Também a ele se ficou a dever a instituição do Tribunal do Santo Ofício, mais conhecido por Tribunal da Inquisição que tão más recordações deixou na História de Portugal. Apesar do grande número de filhos que lhe deu o seu casamento com Dona Catarina, o fato é que foram morrendo, chegando mesmo a colocar-se um problema de sucessão. Coube a seu neto,Dom Sebastião, filho de Dom João, a responsabilidade de subir ao trono após a sua morte, embora sob a Regência de Dona Catarina sua avó.

Dom Sebastião: O Desejado
Foi rei da Segunda Dinastia e o decimo sexto Rei de Portugal, foi filho de Dom João de Portugal e de Dona Joana de Áustria, filha de Carlos V, nasceu em Lisboa a 20 de Janeiro de 1554 e morreu em Alcácer Quibir a 04 de Agosto de 1578 e está sepultado em Lisboa no Mosteiro dos Jerônimo. e não teve descendentes.
Começou a governar em 1557 e terminou em 1578 Quando Dom João III morreu, em 1557, já todos os seus nove filhos já haviam falecido. Como herdeiro direto restava apenas um neto, Dom Sebastião, que tinha nessa altura apenas três anos de idade. Foi nomeado um regente até que o jovem rei tivesse idade para governar. Quando fez quatorze anos, Dom Sebastião tomou conta do governo. Sendo, além de jovem, muito religioso e influenciável, o seu modelo eram os antigos heróis e o seu sonho as grandes batalhas de combate aos infiéis. Daí que o seu principal projeto fosse conquistar Marrocos aos muçulmanos. Não era, aliás, o único a defender esta idéia. Desde que a Índia começara a dar mais prejuízos que lucros, muita gente estava de acordo em que era preferível conquistar o Norte de África - zona rica em cereais e comércio - do que continuar a manter com grandes sacrifícios o Império do Oriente. Com o que quase ninguém esteve de acordo - sobretudo as pessoas mais prudentes - foi com a maneira como D. Sebastião preparou e dirigiu a sua expedição ao Norte de África. Em 1578, tinha então vinte e quatro anos, partiu para Marrocos com um exército de dezesete mil homens, dos quais cerca de um terço eram mercenários estrangeiros. Embora os militares mais experimentados na guerra o aconselhassem a não se afastar da costa de onde lhe poderia vir auxílio dos navios portugueses, o rei preferiu avançar para o interior com as suas tropas. Encontrou o exército muçulmano em Alcácer Quibir e aí se travou a célebre e infeliz batalha em que foram mortos ou feitos prisioneiros praticamente todos os portugueses que nela participaram. O rei também morreu na batalha, mas nenhum dos portugueses que regressaram disse que viu o seu corpo. A chegada da notícia desse desastre a Lisboa provocou cenas de perturbação e dor indescritíveis. Das famílias nobres, poucas eram as que não tinham perdido um ou mais dos seus filhos e parentes. Outros tinham ficado cativos em Marrocos e iria ser preciso pagar grandes importâncias para os libertar. Mas, sobretudo, os portugueses choraram o seu rei que tinha morrido solteiro e sem deixar descendentes. Dois anos depois, Portugal perdeu a sua independência política, visto que Filipe II rei de Espanha e neto do rei Dom Manuel I, subiu ao trono de Portugal. Durante os anos que se seguiram, o povo acreditava que Dom Sebastião não tinha morrido na batalha e iria regressar a Portugal, numa noite de nevoeiro. Então, reclamaria para si o trono e o reino ganharia de novo a sua independência. Esta crença popular ficou conhecida na história com o nome de "Sebastianismo".

Martins Afonso de Souza
Nasceu em Vila Viçosa, por volta de 1500, na infância tornou-se íntimo do infante, mais tarde coroado Dom João III, entrando posteriormente para o conselho deste rei, estudou na França e foi discípulo em Portugal do famoso cosmógrafo Pero Nunes, com quem teria adquirido conhecimento sobre navegação.
Militar, recebeu em 1530 a missão de lutar contra franceses que exploravam o pau-brasil nas costas brasileiras e tinham a intensão de aqui se estabelecer, em 1530, o rei deu-lhe a chefia de uma frota de navios com o objetivo de opor resistência aos franceses e iniciar a colonização do Brasil, aqui enfrentou os franceses, realizou a exploração do litoral a fim de assegurar a presença portuguesa, em 13 de março de 1531 navegou até a baía de Todos os Santos, onde encontrou o náufrago português conhecido como Caramuru, em 1 de agosto alcançou a ilha de Cananéia, onde encontra com o degredado Francisco Chaves, do qual obteve informações, formando a seguir uma expedição pelo interior, sob às ordens de Pero Lobo e com o objetivo de encontrar minas de ouro e prata; foram todos trucidados pelos carijós, em 26 de setembro, navegou em direção ao Rio da Prata, naufragou junto ao cabo de Santa Maria, mas salvou-se, a exploração deste rio prosseguiu com seu irmão Pero Lopes de Souza.
Martim Afonso aportou em São Vicente em 22 de janeiro de 1532, onde encontrou portugueses ali já estabelecidos, como João Ramalho, iniciou o trabalho de colonização do território, tornando efetiva a ocupação portuguesa em São Vicente (sendo considerado por isso seu fundador), construindo ali um engenho de açúcar, retornou a Portugal em 1533, foi nomeado em 19 de dezembro ao cargo de capitão-mor do Mar das Índias, quando o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias, recebeu então as de São Vicente e do Rio de Janeiro, mas jamais as visitou, embora tenha voltado ao Brasil em 1539, 1541, 1546, Martim Afonso participou das campanhas militares na Índia, defendendo a fortaleza de Diu contra turcos e hindus e lutou contra piratas que prejudicavam o comércio português, e no ano de 1542 tornou-se vice-rei das Índias, cargo que ocupou até 1545, quando voltou a Portugal para ocupar o lugar no Conselho de Estado de seu amigo o Rei Dom João III. Morreu em Lisboa a 21 de julho de 1564.
Cardeal Dom Henrique: Cardeal Rei
Foi rei da Segunda Dinastia e o decimo setimo Rei de Portugal foi filho de Dom Manuel I, rei de Portugal e de Dona Maria de Castela sua segunda mulher que nasceu em Lisboa a 31de Janeiro de 1512 e morreu em Almeirim a 31de Janeiro de 1580 e está sepultado em Lisboa no Mosteiro dos Jerônimo, e não teve descendentes.
Começou a governar em 1578 e terminou em 1580. Filho de Dom Manuel e da sua segunda mulher, Dona Maria de Castela, foi o último rei da Casa de Avis. Aos quatorze anos foi-lhe dado o priorado comendatário de Santa Cruz de Coimbra e aos vinte anos era arcebispo de Braga. Inquisidor-Geral dos reinos de Portugal e suas conquistas, Dom Henrique passou a arcebispo de Évora em 1540 e de Lisboa em 1562. A sua importância política começa a sobressair durante a menoridade de Dom Sebastião, tendo sido regente no período de 1562 a 1568. Durante a Regência, Dom Henrique aumentou as receitas da Coroa, mandou reparar fortalezas em Portugal e no Império e lutou contra a guerra de corso que os navios franceses e ingleses moviam à marinha comercial portuguesa. Em 20 de Janeiro de 1568, Dom Sebastião atingiu a maioridade, passando então a governar. Manteve, no entanto, Dom Henrique a seu lado, como seu principal orientador e membro do Conselho de Estado. Mas, poucos anos depois, surgiram algumas desavenças entre o tio e o sobrinho e Dom Henrique recolheu-se ao Mosteiro de Alcobaça em 1573. Em 1576, Dom Henrique deixou mesmo de acompanhar a Corte e mudou-se para o Paço de Évora. Dois anos depois voltou ao Mosteiro de Alcobaça, onde recebeu a notícia da morte de Dom Sebastião. Rei de Portugal por morte do seu sobrinho, Dom Henrique subiu ao trono em 1578. Mobilizou todos os recursos financeiros para o resgate dos cativos em Marrocos. Dom Henrique tinha o privilégio de nomear o herdeiro da Coroa. Se o tivesse feito, talvez se evitasse o drama que ocorreu em 1580 a perda da independência nacional. No entanto, Dom Henrique preferiu deixar o problema em suspenso, nomeando cinco governadores para o substituírem. Esta indecisão de Dom Henrique trouxe resultados trágicos para Portugal após a sua morte que ocorreu em 1580.

Dom Antônio Prior do Crato
Dom Antônio, Prior do Crato, era filho bastardo do infante Dom Luís e de Violante Gomes, uma mulher plebéia. Mas isto não impediu Dom Luís de dar ao filho uma educação exemplar, tendo freqüentado o Mosteiro de Santa Cruz, a escola preferida dos filhos da nobreza. O objetivo era fazer com que ele, mais tarde, seguisse a vida religiosa; mas tal não veio a acontecer, perante o desgosto do seu tio, o Cardeal Dom Henrique. Após a morte de Dom Sebastião, tentou competir na sua sucessão, tendo conseguido atrair à sua causa milhares de portugueses, que viam nele o herdeiro do Mestre de Avis na defesa do patriotismo contra o domínio espanhol, protagonizado por Filipe II de Espanha. A vila de Santarém aclamou-o, em 19 de junho de 1580, como rei de Portugal, tendo outras terras Lisboa, Setúbal, Coimbra, ... seguido a mesma causa. Mas a força militar de Castela e os agentes de Filipe II impediram a entrega da coroa ao Prior do Crato. Batido na batalha de Alcântara, a 25 de Agosto de 1580, ainda conseguiu viver escondido em Portugal durante oito meses, pois nenhum português, apesar das tentadoras ofertas em dinheiro, ousou entregá-lo ao inimigo. Até à sua morte, em Paris, em Agosto de 1595, não deixou de sonhar com a reconquista de Portugal, mas as suas tentativas fracassaram sempre. Alguns autores consideram que Dom António reinou efetivamente de 19 Junho a 25 de Agosto de 1580, e, por isso, consideram-no o décimo oitavo rei de Portugal.
Dom Felipe II, O Pio
Foi rei da Terceira Dinastia e o decimo nono Rei de Portugal.Filho de Filipe I, rei de Portugal e de Ana de Áustria, rainha de Portugal, que nasceu em Madrid, Espanha a 14 de Abril de 1578 e morreu em Madrid, Espanha a 31 de Março de 1621, e está sepultado em Madrid no Palácio do Escorial, e que se casou com Margarida de Áustria com teve como descendentes: Ana Maurícia, Filipe, Maria Ana e Fernando.
Começou a governar em 1598 e terminou em 1621. Apático e de saúde débil, era indolente e de acanhada inteligência para sustentar, com a necessária energia, o grande Império que seu pai lhe legara. Assim, entregou os assuntos de Estado aos seus ministros, que começaram a ser chamados «validos». Estes, ambiciosos por natureza, tentaram apagar em Portugal os restos da sua autonomia e reduzir o país a uma província de Espanha. A ida de Filipe II para Espanha provocou desânimo e insegurança em Portugal. Chegou mesmo a existir o projeto de estabelecer a capital de Espanha em Lisboa, a que chamariam «Felicitas Philippi». Filipe II estabeleceu a paz com a Inglaterra (1604) e com as Províncias Unidas (1609). Durante o seu reinado a situação em Portugal agravou-se imenso! Os portugueses tiveram praticamente de contar apenas consigo próprios na defesa do Brasil, da África e do Oriente, perante as investidas de incursões francesas, holandesas e inglesas. As possessões portuguesas perderam toda a importância comercial. Uma das poucas medidas positivas de Filipe II, foi a criação do Conselho da Índia, em 1604.
Dom Felipe III: O Grande
Foi rei da Terceira Dinastia e o vigêsimo Rei de Portugal. filho de Filipe II, rei de Portugal e de Margarida de Áustria, rainha de Portugal. nasceu em Valhadolide, Espanha a 08 de Abril de 1605 e morreu em Madrid, Espanha a 17 de Setembro 1665 e está sepultado em Madrid no Palácio do Escorial.
Começou a governar em 1621 e terminou em 1640 Subiu ao trono com apenas dezeseis anos e sem qualquer experiência de governo. Filipe III entregou a validos da sua confiança a direção dos assuntos de estado, salientando-se o conde duque de Olivares. Em fins de 1634, foi nomeada vice rainha de Portugal a duquesa de Mântua e Miguel de Vasconcelos assegurava o lugar de secretário de estado, em Lisboa. A miséria do povo e o seu descontentamento chegaram ao extremo. Aconteceram então diversos tumultos pelo país fora, um dos quais, o de Évora (1637), foi quase uma revolução. Desde fins de 1639, alguns nobres portugueses projetavam uma sublevação, para o que tentaram aliciar o duque de Bragança. Em 1640, o principado da Catalunha (em Espanha) levantou-se em armas contra Filipe III (IV de Espanha), e o mesmo aconteceu com Portugal. O rei teve que bater-se simultaneamente contra Portugal, contra a Catalunha, contra a França, contra os Países Baixos e contra a Inglaterra. Esta situação favoreceu muito os interesses de Portugal. No dia 1 de Dezembro de 1640, ocorreu o levantamento de Lisboa, que levou à detenção da duquesa de Mântua e à morte de Miguel de Vasconcelos, e que deu o trono português ao duque de Bragança, D. João IV. O governo de Filipe III foi, em todos os aspectos, uma calamidade para os interesses de Portugal, sobretudo no que diz respeito ao Brasil, a Angola e ao Oriente.

Dom Joao IV: O Restaurador
Foi rei da quarta dinastia e o vigésimo primeiro rei de Portugal, e filho de Teodósio, Duque de Bragança e de Ana de Velasco que nasceu em Vila Viçosa a 19 de Março de 1604 e morreu em Lisboa a 06 de Novembro de 1656 e casou com Dona Luísa de Gusmão que teve como descendentes: Dom Teodósio, Dona Catarina, Dom Afonso e Dom Pedro.
Começou a governar em 1640 e terminou em 1656. Dom João, oitavo Duque de Bragança, era o herdeiro direito da coroa portuguesa, no caso de Portugal se rebelar contra a soberania espanhola. Por isso mesmo, os conspiradores que prepararam o movimento da Restauração procuraram atraí-lo para a sua causa. Mas foi com dificuldade que o conseguiram convencer. Logo após ter tido conhecimento das ocorrências do 1º de Dezembro de 1640, saiu de Vila Viçosa e veio para Lisboa, tendo sido aclamado rei duas semanas depois. O seu reinado teve como nota dominante o desenvolvimento da Guerra da Restauração. Por isso, teve que preparar o país para resistir ao inevitável ataque espanhol: reorganizou o exército, construiu e reparou fortalezas, desenvolveu a indústria de artilharia. No plano externo, procurou obter o reconhecimento da separação da coroa espanhola e fez acordos de paz com diversas nações.
Dom Afonso VI: O Vitorioso
Foi rei da Quarta Dinastia e o vigésimo segundo rei de Portugal, era filho de Dom João IV, rei de Portugal e de Luísa de Gusmão, rainha de Portugal, nasceu em Lisboa a 21de Agosto de 1643 e morreu em Sintra a 12 de Setembro 1683, e está sepultado em Lisboa, no Mosteiro dos Jerônimo e casou com Dona Maria Francisca Isabel de Sabóia, e não teve descendentes.
Começou a governar em 1656 e terminou em 1668 Dom Afonso VI sofreu em criança de uma grave doença desconhecida na época e que o deixou para sempre muito diminuído física e intelectualmente. O governo do reino não lhe estava reservado, porque não era o filho mais velho. Porém, a morte prematura de seu irmão Dom Teodósio, trouxe a seus pais, para além do desgosto, um grave problema para resolver. É que Dom Afonso VI não tinha capacidades para governar o país. Esta situação tão delicada ainda se agravou mais com a morte de Dom João IV, três anos depois de Dom Teodósio. A rainha, Dona Luísa de Gusmão, assumiu então a Regência do reino, visto que Dom Afonso VI tinha apenas treze anos e continuava a revelar uma total incapacidade para governar. A rainha defrontava-se então com a arrastada Guerra da Restauração que continuava a consumir vidas e dinheiro. O rei, alheado do que se passava no país, rodeava-se de gente pouco recomendável da qual se destacava um italiano de nome Conti, que exerceu durante muito tempo uma grande influência sobre o monarca. Dom Afonso VI casou em 1666 com Dona Maria Francisca. Porém, este casamento não veio resolver problema nenhum, porque segundo parece, o rei não poderia assegurar descendência. Dona Luísa de Gusmão, vendo a impossibilidade de demover o filho Dom Afonso VI da vida desregrada e boemia que levava, fez jurar herdeiro do trono o seu filho Dom Pedro. Dona Maria Francisca, mulher de Dom Afonso VI, aliou-se a Dom Pedro e os dois organizaram uma conjura para obrigar o rei a abdicar do trono. Foi o que aconteceu em 1667. Dona Maria Francisca pediu, então, a anulação do seu casamento com Dom Afonso VI e casou com o cunhado, Dom Pedro, em 1668. Entretanto, as forças portuguesas foram consolidando a independência nacional, ameaçada por Espanha, com as vitórias do Ameixial, Castelo Rodrigo e Montes Claros. A paz foi definitivamente assinada em 1668. Dom Afonso VI ficou detido em Sintra. Mais tarde foi enviado para Angra do Heroísmo nos Açores, para evitar que voltasse ao poder. Aí permaneceu até 1674, ano em que voltou a Sintra, tendo sido encerrado no palácio da vila, onde morreu nove anos depois.
Ane Caroline.





Dinastias portuguesas!!!

Primeira Dinastia de Bourgonha (Afonsina)

1139/1185 - Dom Sancho I – Conquistador
1185/1211 - Dom Sancho I – Povoador
1211/1223 – Dom Afonso II – Gordo
1223/1248 – Dom Sancho II – Capelo
1248/1279 – Dom Afonso III – Bolonhês
1279/1325 – Dom Dinis – Lavrador
1325/1357 – Dom Afonso IV – Bravo
1357/1367 – Dom Pedro I – Justiceiro
1367/1383 – Dom Fernando I – Formoso
1385/1433 – Interregno


Segunda Dinastia de Avis (Joanina)

1385/1433 – Dom João I – Boa Memória
1433/1438 – Dom Duarte – Eloqüente
1438/1439 – Dom Afonso V – Africano
1439/1448 – Dom Pedro – Duque de Coimbra
1476/1477 – Regência do Infante João futuro Dom João II
1481/1495 – Dom João II - Príncipe Perfeito

1495/1521 – Dom Manuel I – Venturoso
1521/1557 – Dom João III – Piedoso
1557/1578 – Dom Sebastião – Desejado
1578/1580 – Dom Henrique – Casto
Terceira Dinastia Habsburg (Filipina)
1580/1598 – Dom Filipe I – Prudente
1598/1621 – Dom Filipe II – Pio
1621/1640 – Dom Filipe III – Grande
Quarta Dinastia
1640/1656 – Dom João IV – Restaurador
1656/1683 – Dom Afonso VI – Vitorioso
1683/1706 – Dom Pedro II – Pacífico
1706/1750 – Dom João V – Magnânimo
1750/1777 – Dom José – Reformador

1786/1816 – Dona Maria – Piedosa
1816/1826 – Dom João VI – Clemente
1826 – Dom Pedro IV – Liberalista
1828/1834 – Dom Miguel I – Tradicionalista
1826/1853 – Dona Maria II – Educadora
1853/1855 – Dom Pedro V – Esperançoso

1861/1889 – Dom Luís – Popular
1889/1908 – Dom Carlos I – Martirizado
1908/1910 – Dom Manuel II – Exilado.


Ane Caroline.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Agora é só falar!!!!!!


Vamos lá... Agora é assim cada um vai falar o que

quizer sobre cada região...Vamos compartilhar o que

cada um aprendeu!
Ok!?
Ane Caroline*